terça-feira, 24 de agosto de 2010

Era Vargas

Dia desses eu conversava com uma professora de história sobre as ditaduras de Vargas e dos militares. Os dois momentos eram ditaduras, mas foram momentos muito diferentes.
Vargas sempre foi muito mais inteligente. Entre a repressão e o apoio, ele preferia o apoio. Muitos inimigos da ditadura Vargas ganharam cargos no governo. A cultura era incentivada como forma de colocar Vargas no imaginário popular. O DIP (Departamento de Informação e Propaganda) chegava ao ponto de dar dinheiro para poetas populares do nordeste imprimirem seus cordeis. Claro que, com isso, eles acabavam fazendo cordeis sobre Vargas.
Os militares, ao contrário, nunca se preocuparam com a questão da comunicação de forma inteligente. Para eles, censurar sempre foi mais interessante que estimular.
Talvez a razão disso esteja no que me parece a principal difernça entre a ditadura Vargas e a ditadura militar: Vargas era nacionalista, os militares eram entreguistas. Dois exemplos mostram bem isso: o cinema popular e os quadrinhos.
Na década de 1960, o Brasil tinha um florescente movimento de quadrinhos que tinha tudo para tomar o mercado. A ditadura militar perseguiu os quadrinhos brasileiros como forma de abrir espaço para os comics americanos. Para se ter uma ideia, Maurício de Souza teve que desaparecer por uns tempos para não ser preso. Cláudio Seto, que introduziu a linguagem de mangás no Brasil, só não foi preso porque morava em uma cidade do interior. Mesmo assim, os militares foram na editora, confiscaram os originais de seus quadrinhos e prenderam numa cela.
Também na década de 1960 e início da década de 1970, o Brasil tinha também um forte movimento de cinema popular, com as famosas pornochanchadas. Como mostra Marcos Rey no livro Esta noite ou nunca mais (relato de sua experiência como roteirista), esse cinema foi perseguido como forma de abrir o espaço para o domínio do cinema americano.
Faz sentido: os EUA apoiaram a ditadura em militar.

Texto:Ivan Carlos

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Maus – a história de um sobrevivente


Maus - A história de um sobrevivente, é considerada a melhor história em quadrinhos já produzida sobre o holocausto. De autoria de Art Spielgman, o livro conta a história do pai do autor, um judeu polonês sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz.
Além disso, o livro trata da conturbada relação entre pai e filho e como os efeitos psicológicos da guerra repercutiram na vida de ambos por anos. Toda a história é contada de duas maneiras. A primeira é o que seria o presente, mostrando os últimos anos de vida do pai de Spielgman durante as entrevista dele com o filho e a realização do próprio livro. É nessa parte que o relacionamento dos dois ganha destaque. A segunda forma é construída como flashback, ou seja, mostrando o passado do pai durante a invasão nazista na Polônia.
O livro, além da sinceridade absoluta, se destaca pelo ótimo tratamento gráfico, com suásticas avançando como sombras sobre os personagens judeus. A representação dos povos, embora use o antropomorfismo (animais para representar seres humanos), um recurso já clássico nos quadrinhos e nos desenhos animados, o faz de forma a destacar a mensagem do autor e ressaltar o clima opressor do período nazista.
Assim, os alemães são representados como gatos e os judeus como ratos. Os americanos são cachorros, os suecos carneiros, os ciganos, traças e os poloneses como porcos. A representação evoca a propaganda nazista, que, de fato retratava os judeus como ratos e os poloneses como porcos. Era também comum que os nazistas se referissem aos povos indesejados como insetos.
Sem ser melodramática, Maus mostrou e analisou a realidade dos judeus perseguidos pelos alemães, elvando as histórias em quadrinhos ao patamar jornalístico. Tanto que, em 1992, a graphic novel ganhou o Prêmio Especial Pulitzer – premiação que homenageia jornalistas, músicos e escritores.
Grande parte do livro foi publicado em série na revista RAW, editada por Spiegelman entre 1980 e 1991. No Brasil, Maus (que quer dizer rato em alemão) foi publicado em duas partes pela editora Brasiliense. Recentemente ganhou uma versão integrada em volume único pela editora Companhia das Letras.

Gian Danton (Blog: Idéias de Jeca-tatu/25 de março de 2010)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Porque precisamos do Banana Joe.




Um dos reis da sessão da tarde, Bud Spencer se consolidou entre a geração dos anos oitenta e nas reprises dos anos seguintes como um cara calado e que gostava de gostava de dar tapa na cara dos vilões.
Dentre todos os personagens feitos pelo senhor Spencer, ficará sempre em minha mente o famoso ou desconhecido para os mais novos, BANANA JOE.
Joe vive na fictícia cidade de Amantido onde realiza seu trabalho de carregador de bananas para a Metrópole. Tudo muda quando um chefe da máfia revolve de maneira bem peculiar do seu trabalho acabar com todos os pequenos comerciantes da vila e dominar todo o trabalho de venda das plantinhas (banana).
Interessante é que o chefe da máfia se utiliza do terror psicológico da burocracia, impondo todos os comerciantes a se registrarem para continuar no trabalho. Para aqueles que não possuíssem registro geral e certidão de nascimento ficaria fora do trabalho.
Banana Joe sem data de nascimento e pais desconhecidos, talvez um tipo de Wolverine, sem passado, sem idade e muito mais do que isso, disposto a ajudar todos aqueles que lhe parecem sinceras resolve ir atrás desse registro.
Joe, começa agora sua Ilíada e Odisséia. Como nos poemas de Homero, Banana Joe embarca em uma grande aventura disposto a guerrear a favor de sua honra e sobrevivência. Participa sem querer de um exército, onde acaba até batendo em seu comandante. As cenas de Bud Spencer batendo sempre foram o ápice em seus filmes.
Uma das cenas que mais me chama a atenção é quando Banana Joe, em a cena de sua chegada a um prédio de órgão público pede um registro. Ao entrar encontra uma grande fila onde todos estão desesperados para conseguir a famosa carimbada.
Bem ao estilo anti herói, Joe sai empurrando todo mundo, pula o caixa e no caixa saindo dando carimbada em tudo que é papel, mas logo é preso.
Banana Joe não suportava ver maldade, ou aqui, pressão dos órgão responsáveis pela burocracia demorarem tanto para atender o cidadão.
Toda vez que entro em um órgão público, onde o papel nunca acaba e a hora nunca passa, sempre me lembro de Bud Spencer, desejando ver sua entrada pela porta giratória.

Entrevista com Gian Danton




Gian Danton, professor universitário, roteirista de quadrinhos e ganhador de vários prêmios dedicados a arte sequencial me concedeu uma pequena entrevista falando um pouco sobre os HQs. Isso me deixou muito feliz, pois esse blog é um simples garotinho virtual, não é um blog de um jornalista conceituado, o que me faz ficar eternamente grato ao grande Danton pela sua entrevista.

Obrigado Professor!

1- Blog do Prof Flávio: Quando e como você teve contato com os quadrinhos?

Gian Danton: Leio quadrinhos desde criança, principalmente Turma da Mônica e Disney, mas a primeira leitura que me marcou muito foi uma edição da Superaventuras Marvel. Na época não havia caixas eletrônicos e para pagar contas era necessário passar horas em filas. Numa dessas filas, alguém me passou um exemplar da SAM com histórias do Demolidor, Conan e Dr. Estranho. Fiquei fascinado. Li a revista toda antes do fim da fila. Outra revista que me marcou foi a Fêmeas, da Grafipar,com histórias de Mozart Couto e Rodval Matias, que encontrei em um sebo. Ao ler aquela revista, percebi que os brasileiros podiam fazer quadrinhos tão bons quanto os americanos e decidi que seria roteirista de quadrinhos.



2- Blog do Prof Flávio: Como você vê os quadrinhos hoje em matéria de roteiristas?

Gian Danton: São situações diferentes: aqui e lá fora. Lá fora, os roteiristas são os grandes astros. Na maioria das vezes eles são mais badalados que os desenhistas. Um argumento do Grant Morrison, por exemplo, faz as vendas de uma revista aumentarem. Isso se deve a duas pessoas: Stan Lee e Alan Moore, que mostraram a importância de um bom roteiro. Como Lee era também o editor, havia muito ali de marketing pessoal que fez muito bem aos quadrinhos americanos, pois uma pessoa pode comprar um exemplar por causa do desenho, mas o roteiro é a principal razão pela qual ela continua comprando. Já no Brasil, a maioria dos leitores, jornalistas e editores ainda não Têm essa consciência. Em nosso país os roteiristas são pouco valorizados. Já aconteceu até de obras serem divulgadas apenas com o nome do desenhista.



3- Blog do Prof Flávio: Em alguns de seus livros, como em Ciência e quadrinhos e Roteiro para quadrinhos, fica forte a sua identificação com o escritor britânico Alan Moore. Você concorda com ele em dizer que os roteiros de quadrinhos tedem em morrer por falta de bons escritores?



Gian Danton: Não conheço essa declaração de Moore, mas dicordo. Hoje temos ótimos roteiristas, principalmente entre os britânicos: Morrison, Gaiman, James Robinson. O que tem matado os quadrinhos de super-heróis é a insistência em insistir em super-sagas com revistas interligadas, que afastam leitores.

4- Blog do Prof Flávio: Vindo agora para o território nacianal. Na sua opinião, quais são os melhores escritores do nosso quadrinho?

Gian Danton: No Brasil a maioria dos bons roteiristas não passa muito tempo nos quadrinhos. Acaba migrando para outras mídias, como fez o Júlio Emílio Brás. Mesmo assim, temos em atuação alguns grandes talentos, como o Leo Santana, Marcelo Marat e André Diniz. Há outros por aí, fazendo zines e revistas regionais, mas que seriam muito conhecidos se tívéssemos um bom mercado de quadrinhos.


5- Blog do Prof Flávio: Os quadrinhos nacionais sofrem preconceito? Por que?

Gian Danton: Sim, sofrem. Felizmente alguns conseguem superar esse preconceito, como foi o caso do Maurício de Sousa, que conseguiu não só fazer sucesso como ser respeitado por todos.

6- Blog do Prof Flávio: Ainda no mesmo assunto, você sofre algum preconceito por trabalhar com quadrinhos?

Gian Danton: Hoje não. Quando comecei a coisa era mais difícil. Além da maioria das pessoas ter melhorado sua imagem sobre os quadrinhos, a seriedade com que encaro meu trabalho fez com que o preconceito diminuísse.

7- Blog do Prof Flávio: Qual a principal dica para se tornar um bom escritor de quadrinhos?

Gian Danton: Leia. Leia. Leia. Leia tudo que cair em suas mãos, de revistas de geografia a tratados de psicologia. Qualquer coisa pode ser útil na criação de uma história. Quem lê só quadrinhos e, pior, só quadrinhos de super-heróis, nunca irá se tornar um bom roteirista de quadrinhos.

Leia: ivancarlo.blogspot.com

sábado, 30 de janeiro de 2010

A vingança dos Nerds: Uma História de Fé e Tolerância



“ Eu sou um nerd, e eu estou aqui essa noite para defender o direito de outros nerds. Durante esse tempo, fomos a chacota da faculdade. Durante essa noite esses malditos derrubaram a nossa casa. Por que? Por que somos espertos? Não, não somo.”
É nesse discurso ao som de We are the Champions do grupo Queen que o filme A vingança dos Nerds se encerra.
Filme americano de 1984, conta a história de um grupo de universitários excluídos, que após serem despejados, tem que procurar outra instalação para se refugiarem. Lembrando que os nerds são expulsos de sua casa por imprudência dos Alpha Betas que queimam sua própria casa durante uma festa e ficam sem onde morar. Assim expulsam os mais novos universitários abrigando-se no lar dos Nerds.
Liderados por Lewis e Gilbert, agora os mais novos universitários tem que procurar outro lugar pra morar. Durante a procura, nenhuma fraternidade aceita nenhum dos nossos futuros heróis em suas fraternidades. É nesse momento que eles conhecem Jefferson, o líder da fraternidade Lambda, Lambda, Lambda, ou melhor, dizendo, os 3- Lambs, convida os nerds para uma prova a serem aceitos em uma fraternidade dedicada exclusivamente para negros, sendo que só existe um negro com eles.
O interessante desse filme não são as piadas, que são poucas até, mas é a mensagem cinematográfica existente. Os nerds do filme não são só apresentados como os garotos que não namoram e só sabem mexer em computadores, mas mostra o grande preconceito sobre suas cabeças.
Segundo Max Weber, “o individuo é responsável pelas ações que toma. Uma atitude hostil ou negativa em relação a um determinado grupo, pode ser classificado como preconceito.” O que eu não entendo é o ódio a primeira vista que os Alpha Betas, a fraternidade, digamos mais badalada do campos universitário tem na chegada de Lewis e Gilbert.
Isso me lembra uma vez que mudei de escola em fevereiro de 1994, no mesmo período do nascimento do plano real, onde me deparei com uma situação igualitária ao dos heróis do filme, uma situação “realmente real”. Logo no primeiro dia de aula durante o recreio, três garotos vieram até mim dizendo que era pra eu ficar na minha, pois eles poderiam me bater. Nunca entendi aquilo, pois eu não os conhecia. Seria eu, ter sofrido algum preconceito? Ainda não existia o nome Bullying aqui no Brasil, mas acho que fui o precursor do movimento, ou melhor, uma vitima.
Até hoje me pergunto sobre isso, talvez seja o meu rosto, que modéstia a parte, mostra sempre um ar de serenidade, pra não dizer bobo. Talvez sofri um preconceito social ou até mesmo cultural.
O mais curioso do filme é a sua cena de créditos, aquela ultima parte onde mostra cada personagem participante do filme com seu nome. É mostrando o senhor Jefferson, o Presidente do 3- Lambs, que não era nerd, com o braço esticado apontando para frente, fazendo referência ao grande líder contra o preconceito, Martin Luther King Junior, simbolizando no filme a luta contra o preconceito.
Sonho com o dia em que poderemos viver sem esse preconceito terrível e sem Bullying perseguindo nossos estudantes, seja na escola, seja na Universidade, seja na Vida.
E nas palavras de Martin Luther King Junior: “E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar :"Livre afinal, livre afinal ”

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O ANO DO GRANDE IRMÃO, de novo!





O "Grande Irmão", "Big Brother" é um personagem fictício no romance 1984 de George Orwell, autor do livro 1984, O Grande irmão era suposto cara, um ditador muito louco.
Nesse livro, o mundo tudo era controlado por um sistema de vigilância utilizando câmeras. De vez enquando aparecia nas telas de TV a seguinte frase: "O grande irmão tá vendo tudo,buuuuuhh,srrs" (Esse buuuuh, eu inventei).
Essa idéia esta muito popular nos dias de hoje, principalmente aqui em terra brasilis, onde parece que todas as emissoras são controladas por um único diretor, roteirista, estagiário( que muitas vezes só é estagiário no papel, na verdade fica lá só pra ir comprar a pizza), secretária, e aquela senhora que faz o café( o café do estagiário não é bom). Onde estão os programas legais que costumava assistir nos anos 90? Os criadores morreram? Ou estão na TV a Cabo?
POXA!!! Todos os canais tem essa coisa de reality show. Temos vários exemplos: Reality show com artistas, fazendas, modelos, familias que gastam muito dinheiro e até de jogador de Futebol.
Tá certo, o público gosta . Será que gosta mesmo, ou o público esta sendo manipulado ? Ondas vindo das TV se conectam aos nosso cérebros,kkkkkk!!
Segundo a Wikipédia: Entretenimento é o conjunto de atividades que o ser humano pratica sem outra utilidade senão o prazer. É o desvio do espírito para coisas diferentes das que preocupam. Pode ser uma distração, um passatempo.Reality show é intretenimento, legal, mas agora ficar procurando filosofia nela, ae já é demais. Conheço, só conheço, não tenho nehuma amizade com elas, pessoas que ficam falando sobre isso, como se o Mundo estivesse pronto para explodir, caso algum participante fosse eliminado.
Mas os Reality Show não fica apenas no campo artistico e "babaquistico". Também temos hoje em nossos telejonais e programas que dizem que é jornalistico, pessoas que ficam fazendo de show o desespero alheio.Esse alheio também é culpado. Onde já se viu?!Você perde um parente querido, uma semana depois vai até a TV contar pra todo mundo como era a vida dele(a), ou ir falar da sua casa que tá precisando de reforma. Nesse caso, seria legal, esses apresentadores fazerem uma reforma geral na casa de todas as comunidadades do Brasil (na minha primeiro!).
Por que não fazem? Teria eu, que contar uma história trágica? De como minha vida é sofrida. E não é?
Dá nojo ver esses programas onde colocam pessoas e suas tristeza serem patrocinadas pelas Casas Bahia. Fico pensando na pessoas que estao sendo filmadas? Infelizmente tem que se submeter a isso pra conseguir algumas coisa, ou não.
Isso me faz lembrar quando um rapaz que conheci participou de um programa de Tv na qual tinha que executar uma prova para ganhar uma grana.Vou contar a versão da TV:Um rapaz trabalhador que morava em um bairro com condições precárias e que ajudava as criancinhas do bairro dando aula. A minha versão: Um rapaz trabalhador que morava em um bairro da baixada fluminense e que tinha uma irmã que trabalhava com crianças da comunidade. Não estou dizendo que o rapaz mentiu. Na verdade o programa achou melhor colocar-lo como um coitadinho, assim o programa ficaria com cara de Papai Noel fora de época.
Final da História, ele perdeu a brincadeira da qual participou no programa, não ganhou o dinheiro, mas o apresentador falou mediante as câmeras de video: "Vou te ajudar, vou te dar todos os livros que você precisa meu rapaz". Ele espera esses livros até hoje! "Loucura, loucura, loucura!"
Derrepente os organizadores viram o IBOPE no dia que o programa foi ao ar, e percebeu que deu pouca pontuação, assim achou melhor não gastar combustivel para ir até a casa dele e dar os livros, achou melhor ajudar mais um necessitado.

O Grande Irmão está-te observando e ele quer audiência e lucro.

domingo, 17 de janeiro de 2010

História e Quadrinhos.




Passei parte da minha infância lendo os gibis: Turma da Mônica, Thunder-Cats, Os clássicos da editora EBAL, como Tarzan e Zorro,os americanos: Superman, Batman e Super Amigos.
Sempre passava pela minha cabeça se as coisas que os super-heróis de papel falavam tinha algum fundamento com a vida real. Digo isso, pois nasci em 1981,e no final dos anos 80, a TV ficava diariamente e as vezes entrava no espaço dos programas infantis para noticiar algum caso politico nacional e principalmente internacional, como no caso do Muro de Berlin.
Cada vez que lia um gibi, principalmente da Marvel e DC, algum personagem sempre dizia algo como: Vamos acabar com esses vermelhos, vamos atravessar a cortina de ferro. Essas palavras também eram ditas na TV, com personagens reais.
Na adolescência comecei a procurar mais sobre isso, lembrando que ainda eu não tinha Internet em casa , ou seja, juntava o trocados e ia nos Sebos e comprava os quadrinhos das antigas e começa a analisar cada um deles, bem ao estilo Nerd.
Estou falando de Watchme!!!!
Watchmen é considerada um marco importante na evolução dos quadrinhos nos EUA e nos paises em que ela foi editada.
Sempre vi em Watchmen a história do Mundo. Não sou um especialista, mas vou comentar alguma coisa que percebi e claro que quem leu também percebeu, mas quero documentar aqui no meu Blog.
A história se passa nos Estados Unidos em 1985,um país no qual aventureiros fantasiados seriam realidade. Nos quadrinhos de Watchmem, o país estava vivendo um momento delicado no contexto da Guerra Fria e em vias de declarar uma guerra nuclear contra a União Soviética.
Na mesma trama, os aventureiro mascarados ,como são chamados, pois nenhum deles possui um super poder ( Só o Doutor Manhattan) ficam procurando saber quem é o misterioso matador de aventureiros. Vou falar logo, é o Ozymandias, kkkkk!!!
O que me chama a atenção desse quadrinho, é que antes de procurar saber sobre a guerra fria, eu achava que essa parada de misseis em Cuba era só coisa de Gibi. O maior e único super heroi com poderes , ou melhor SUPER PODERES ( O cara fazia até a água aparecer do nada) era o Doutor Manhattan.
O Doutor Manhattan era um jovem cientista que teve seu corpo modificado, quase igual a todos os herois que entram em um local que estão fazendos testes e blá-blá-blá, já sabem o final, ganham super força.
O nome escolhido ao jovem cientista foi dado pelos militares, nome segundo eles causaria pânico aos inimigos ( os soviéticos).
O Projeto Manhattan, formalmente Distrito de Engenharia de Manhattan, foi um esforço durante a Segunda Guerra Mundial para desenvolver as primeiras armas nucleares pelos Estados Unidos da América com o apoio do Reino Unido e do Canadá. Sua pesquisa foi dirigida pelo fisico estadounidense J. Robert Oppenheimer, após ter ficado claro que uma arma de fissão nuclear era possível e que a Alemanha Nazista estava também a investigar tais armas para si.
O Doutor Manhattan não participou desse projeto, mas os militares usaram esse nome para que os sovieticos não se esquececem que agora eles tinham um Campo de defesa ambulante.
Durante essa época, na Guerra Fria, teve, claro, emcabeçada pelos EUA, sempre eles, a guerra no Vietnã.
Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para sustentar o governo do Vietnã do Sul, que se mostrava incapaz de debelar o movimento insurgente de nacionalistas e comunistas, que se haviam juntado na Frente Nacional para a Libertação do Vietnã(FNL). Entretanto, apesar de seu imenso poderio militar e econômico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a se retirarem do país em 1973 e dois anos depois o Vietnã foi reunificado sob governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietnã.
Isso aconteceu na vida real. Mas em Watchmen foi diferente!!
Com a ajuda do Doutor Manhattan, os EUA venceram a guerra.Como? simples! Mandando uma rajada de laser nos soldados do Viatnã. Ma não foi só isso, entre os soldados americanos tinha o "heroi" conhecido como o Comediante, uma mistura de Capitão America e Conringa. Imagina só a cena!srrsrs!!

O Comediante participou de grande fatos a história: Guerra Fria, Viatnã, dizem por ae que foi ele quem matou Kennedy (O presidente dos EUA, não o tocador de Clarinet, o Kenny G, tem gente que confunde os nomes.).
Posso dizer que os quadrinhos tem uma grande porcentagem em ter me influênciado a querer ser Professor de História, sempre me lembro deles na hora da aula. Ex: Thor( mitologia), Hulk( Guerra Fria), Fantasma( neocolonialismo), Capitão America (Segunda Guerra), Asterix (Império Romano) , etc e tal. Valeu heróis de papel !!