No principio Deus criou o Homem. O homem vivia muito bem no Jardin no Éden. Mas como sempre, alguém tem que atrapalhar a diversão. Veio o pecado. E Deus prometeu um salvador que andou entre nós por um tempo. Fez milagres e prometeu voltar e buscar seu povo. Jesus esta entre nós segundo as religiões. Mas para alguns, ele esta em Brasília e algumas vezes na TV. Continuando a minha saga por entrevistas marcantes, hoje estou entrevistando Inri Cristo.
Blog do Prof Flávio: Muito obrigado por perder um tempo com o blog. Sei que sua agenda é apertada.
INRI CRISTO: “Bem, meu filho, só se perde tempo quando não se sabe aproveitá-lo. E todas as vezes que alguém me questiona, vejo como uma oportunidade de ensinar, de transmitir os ensinamentos que ministro da parte de meu PAI”.
Blog do Prof Flávio: O senhor já sabia desde o inicio de que o salvador? Ou isso foi revelado como é feito em algumas religiões onde existe as encarnações?
INRI CRISTO: “Desde criança obedeço a uma voz que fala no interior de minha cabeça. Em 1978, recebi ordem de sair do Brasil sem deixar nada para trás. Sentia em meu interior que iria fazer uma viagem sem volta. Em 01/09/1978 cheguei a Santa Cruz de La Sierra e no dia seguinte a La Paz, na Bolívia. Após haver falado aos povos boliviano, paraguaio, uruguaio e argentino, finalmente, em setembro de 1979, fui conduzido ao jejum em Santiago do Chile. Sendo a primeira vez que jejuava, não sabia da necessidade de ingerir água, ou seja, 'jejuei a seco'. Meu corpo estava em vias de um processo de inanição. De repente, a voz disse, desta vez mais imperiosa do que nunca: 'Levanta-te!'. Ao levantar, mareei porque quando se jejua o sangue demora subir à cabeça. Minhas mãos não me ampararam, bambearam para trás. Meus braços não me sustentaram e caí com o nariz no chão, como podeis atestar até hoje a cicatriz resultante da queda. Então, em meio a uma poça de sangue, a voz disse: 'As dores são necessárias, o sangue é necessário para que, quando te insultarem e reprovarem, te lembres que é o mesmo sangue que derramaste na cruz. Eu sou o DEUS de Abraão, de Isaac e de Jacob, Eu sou teu SENHOR e DEUS, e tu és o mesmo Cristo que crucificaram. E doravante caminharás sobre a Terra como um peregrino errante. Serás prisioneiro, expulso, humilhado, odiado. Pagarás para dormir e não te deixarão dormir, tua túnica estará suja e não terás quem a lave, muitos rirão e debocharão de ti para que conheças bem os corações de teus filhos, que são o teu povo. Mas Eu serei contigo.' Então Ele revelou o mistério do meu nome, cuja segunda letra estava em sentido contrário (Iuri # Inri) e desvendou, como se fosse na tela de um filme, todo o meu passado, os estágios das anteriores encarnações. Eu que vos falo sou o Primogênito de DEUS, Adão, que reencarnei como Noé, Abraão, Moisés, David, etc., depois como Jesus e agora como INRI. Neste momento senti uma enorme responsabilidade cair sobre mim, porque meu PAI deu-me consciência de que sou o pai da humanidade, a origem de todos. Por enquanto ainda bebo de gole em gole a última porção do cálice amargo da reprovação, para se cumprir o enigmático vaticínio que enunciei antes de ser crucificado ('Mas primeiro – antes de seu dia de glória – é necessário que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração. Assim como foi nos tempos de Noé, assim será também quando vier o Filho do Homem' – Lucas c.17 v.25 a 35). Muitos não estão preparados para receber-me, pensaram que eu jamais voltaria, jamais reencarnaria. Mas eu voltei como havia prometido”.
Blog do Prof Flávio:Como foi a sua infância e adolescência? Teve namoradas?
INRI CRISTO: “Desde menino minha vida foi diferente das demais crianças. Na infância eu era acordado na calada da noite por terríveis visões, que mais tarde meu PAI deu-me saber serem premonições sobre o fim deste mundo caótico, todavia não podia contar a ninguém, nem mesmo ao casal que me criara. Num gesto amoroso eles seguravam-me no colo e cuidavam para que a febre baixasse. Quando parecia estar tudo bem, então era novamente acordado por estas visões terríveis, muito nítidas, de pessoas gemendo, arrastando-se sobre seus próprios membros... Assim foi até aproximadamente sete anos de idade; só quando já adulto algumas vezes voltaram a aparecer. Ainda menino, tive que sair da escola para ajudar a mulher que me criara. Ela lavava roupa para diferentes famílias a fim de pagar o aluguel e prover o sustento doméstico. Seu marido trabalhava no extinto curtume Oswald Hot, em Blumenau (SC). Ele havia sido afastado do serviço devido a uma enfermidade pulmonar causada por acidente de trabalho (ele caiu num tanque de química), e o sistema previdenciário não respondeu aos encargos inerentes. Como ela lavava muita roupa e a água do poço da residência era insuficiente, tinha de buscá-la na vizinhança, e assim eu a ajudava no transporte da água. Aos treze anos, um dia quando estava só, saí de casa obediente à imperiosa voz que fala no interior de minha cabeça desde a infância, mas até o jejum não sabia de quem era. Minhas vestes, recém lavadas, estavam molhadas, mesmo assim peguei-as, coloquei-as num saco plástico e segui em direção ao destino que meu PAI me reservara. Passei a peregrinar sobre a Terra e a vivenciar a realidade das esquinas sociais para conhecer de perto os endurecidos corações dos homens, suas fraquezas e misérias, os prazeres ilusórios, as enfermidades disfarçadas em tecidos caros, a hipocrisia e a corrupção da sociedade. Muitas vezes eu me perguntava: ‘por que tenho que estar aqui? por que tenho que passar por isto?’, e só depois compreendi ser necessário a fim de que pudesse cumprir minha missão. Na adolescência, trabalhei como verdureiro, padeiro, entregador de alimentos, cobrador de ônibus, caixeiro, garçom, etc. A partir dos 21 anos, obediente à voz que me comanda desde a infância, comecei minha vida pública apresentando-me como Iuri. Era profeta de um DEUS desconhecido; usava o dom da vidência que tinha desde criança, todavia sem ter ainda consciência de minha identidade ('... Virei a ti como um ladrão e não saberás a que hora virei a ti ' – Apocalipse c.3 v.3). Falava nas rádios e televisões anunciando o futuro das pessoas, vestido como se vestem os homens. Na serenidade amei o amor calma, o amor inocência; na emoção amei de repente, subitamente. Vivi como homem enlameado nos pecados do mundo. Assim conheci a verdadeira natureza dos seres humanos, ao contrário não teria autoridade nem discernimento para cumprir minha missão. Só por ocasião do jejum em Santiago do Chile, em 1979, meu PAI concedeu-me poder sobre a carne e consciência de minha identidade. A partir de então acoplou-se em mim o iluminado espírito, o qual convencionou-se chamar Espírito Santo; eis por que não sou homem, sou o Filho do Homem (que significa o único gerado de si mesmo, o ancestral da humanidade). Passei a olhar todos os homens como meus filhos e todas as mulheres como minhas filhas. Minha vida é um livro aberto. Se tivesse algo a esconder, não teria voltado justamente a Curitiba, cidade onde vivi mais tempo a vida profana, a fim de estabelecer juridicamente a Nova Ordem Mística (SOUST – Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade). Há dois mil anos também foi assim, conforme profetizara Isaías (c.7 v.14 e 15): 'Uma virgem conceberá e dará à luz um filho e seu nome será Emanuel. Ele comerá manteiga e mel até que aprenda a rejeitar o mal e escolher o bem'. Só após o jejum o SENHOR deu-me consciência de minha condição e passei a me chamar Jesus. Até então estava enlameado nos pecados do mundo, motivo pelo qual insisti ser batizado por João Batista ('Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?' – Mateus c.3 v.13 a 16). Só então pousou sobre mim o Espírito Santo, simbolizado por uma pomba, que representa a pureza e a paz (João c.1 v.32). Outrossim, quando ameaçaram apedrejar Maria Madalena, só podia saber que todos aqueles homens eram pecadores porque anteriormente vivera no meio deles (João c.8 v.7)”.
Blog do Prof Flávio: A alguns anos vi uma entrevista com o senhor no Programa do Ratinha ainda na Gazeta, ele dizia que o senhor já se reencarnou em Noé? Isso é verdade?
INRI CRISTO: “Conforme já vos disse anteriormente, eu que vos falo sou o ancestral da humanidade, o primeiro primata que nasceu sem rabo, Adão, que reencarnei como Noé, Abraão, Moisés, David etc. depois como Jesus e agora como INRI. INRI é o meu novo nome, o nome que paguei com meu sangue na cruz (“Ao que vencer... escreverei sobre ele o nome de meu DEUS... e também o meu novo nome” – Apocalipse c.3 v.12)”.
Blog do Prof Flávio: Falando no Ratinho. O senhor teve uma boa oportunidade com ele, pois depois de aparecer em seu programa o senhor virou uma espécie de celebridade indo em vários programas, até no Silvio Santos. O senhor concorda comigo quando acho que é uma celebridade?
INRI CRISTO: “Conheci o Ratinho ainda nos tempos em que ele era repórter policial do extinto programa Cadeia, da rede CNT, nos anos 80. Ele sempre vinha com muito respeito e era reverente ao que questionar. Depois ele tornou-se apresentador. Certa ocasião, numa das entrevistas, disse-lhe: “O Ratinho vai criar asas, virar águia e voar rumo ao sucesso”. E deveras ele conquistou a audiência porque fala na linguagem do povo, de coração pra coração. Quanto ao Silvio Santos, já estive diversas vezes na emissora dele, porém nunca nos encontramos pessoalmente. Houve ocasião em que ele e o Serginho Groisman mencionaram o meu nome num programa de domingo, pois ambos são judeus e INRI significa Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. Foi isso. Posso até ser considerado celebridade, meu filho, mas não sou artista. Minha condição é autêntica. Sou o genuíno Primogênito de DEUS”.
Blog do Prof Flávio: Sobre família. O senhor tem contato com sua família? Não estamos falando de José e Maria.
INRI CRISTO: “Minha família são os que comungam comigo num só pensamento e num só ideal, aqueles a quem o SENHOR revelou no foro íntimo minha identidade. Somos uma grande família espiritual, cósmica, cujo vínculo está muito além da carne e do sangue, e não se desvanece jamais. Quanto aos parentes biológicos, sempre mantive contato com a família que me criou na infância. A propósito, há pouco mais de um mês, estive em Indaial – SC a fim de reger o cerimonial fúnebre da mulher que me criou, Magdalena Thais, cujas imagens estão no Youtube http://www.youtube.com/watch?v=uIWzQm4qIJ0 , para quem quiser ver”.
Blog do Prof Flávio:A bíblia fala que Jesus era carpinteiro. E nessa encarnação, o que o senhor já foi?
INRI CRISTO: “Na infância tive que sair da escola para ajudar a mulher que me criou no ofício de lavar roupas, como já expus previamente. Na adolescência trabalhei como verdureiro, padeiro, entregador de alimentos, cobrador de ônibus, mascate, garçom... até que as circunstâncias me levaram ao começo de minha vida pública como profeta em 1969. Falava nas rádios e televisões e muitos vinham à minha procura em busca de solução para seus problemas. Assim foi até 1979, ocasião em que, obediente à imperiosa voz que me comanda desde menino, fui conduzido ao jejum em Santiago do Chile, e então o SENHOR se revelou pra mim e revelou minha identidade”.
Blog do Prof Flávio: Já estudou em alguma universidade?
INRI CRISTO: “Estudei não nas universidades dos homens, mas na universidade da vida. Meu PAI facultou-me conhecer de perto os corações dos seres humanos, no verdadeiro estudo de sociologia que não é passível de aprender nos livros, e sim na experiência pessoal. Sou teodidata, ou seja, recebo as instruções diretamente de meu PAI, SENHOR e DEUS, por um canal não convencional aos padrões terrestres”.
Blog do Prof Flávio: Já foi consultado para resolver algum caso policial?
INRI CRISTO: “Já fui consultado inúmeras vezes para dar conselhos em questões jurídicas, exercendo a condição de rábula, como eram antigamente chamados os advogados. Já estive em contato com a pólicia dezenas de vezes em diversos países, mas não para resolver casos policiais”.
Blog do Prof Flávio: Hoje, dia 11/03/2011 ficamos sabendo do terremoto no Japão. O senhor já sabia desse acontecimento? Se sim, por que não informou as autoridades?
INRI CRISTO: “Ninguém é obrigado a crer, mas já faz dois mil anos que venho anunciando esse acontecimento, quando disse aos discípulos que me indagaram: “Mestre, quais os sinais da tua vinda e do fim do mundo?” Respondendo-lhes, disse: “Porque ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras, e se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá tempestades, terremotos, inundações, pestilências, fomes... Todas essas coisas são o princípio das dores... e então vereis o sinal do Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu...” (Mateus c.24 v.7 e 30). Coisas muito mais terríveis ainda estão por vir, meus filhos. E chegará o momento em que a humanidade estará ávida por me ouvir, assimilar o que tenho a dizer da parte de meu PAI, por isso muitos me convidarão para visitar seus países, e é óbvio que percorrerei as nações do mundo a bordo de uma aeronave, sobre as nuvens... conforme está previsto em Apocalipse c.1 v.7: “Eis que ele vem sobre as nuvens e todo olho o verá...”. A televisão e a internet também estão cumprindo essa profecia. Nesse momento em que respondo à tua pergunta, qualquer pessoa em qualquer parte do mundo pode acessar a minha página www.inricristo.org.br e ver que estou na Terra de carne e osso”.
Blog do Prof Flávio: Voltando ao assunto Celebridades. Suas discípulas estão na moda no Youtube cantando versão da maluquinha Americana Britney Spears. Isso é uma jogada comercial? O senhor paga os direitos autorais das músicas?
INRI CRISTO: “Na SOUST não existe jogada comercial; aqui tudo é feito por amor, por um motivo relevante. As versões místicas disponíveis no Youtube surgiram como forma de despertar a atenção dos jovens; é uma divina brincadeira de dizer verdades. Prestai atenção nas letras e vereis o profundo significado contido nas versões. Cada uma contém um fragmento da mensagem que transmito da parte de meu PAI, SENHOR e DEUS. E não auferimos nem objetivamos lucro com as versões, por isso não incorremos em infração de direitos autorais”.
Blog do Prof Flávio: As Inriquetes, como são chamadas, fazem shows?
INRI CRISTO: “Já surgiram convites, porém antes de serem cantoras elas são discípulas, princesas do Reino de DEUS. Cada discípula tem uma função administrativa na SOUST e elas só cantam nos momentos de lazer, sem intenções profissionais”.
Blog do Prof Flávio: O senhor não acha que fica difícil alguém acreditar que o senhor é o Messias depois de ir a programas como o Pânico na TV?
INRI CRISTO: “Eu não quero que creiam em mim. Vim ao mundo só pelos descontentes, pelos que anseiam por liberdade consciencial. Há dois mil anos eu disse: “Muitos são os chamados, e poucos os escolhidos” (Mateus c.20 v.16). Cada vez que apareço na mídia, não importa o programa, estou chamando. Já a escolha quem faz é meu PAI, SENHOR e DEUS, quando revela no foro íntimo de meus filhos a minha identidade. A mídia me trata de acordo com a ‘capacidade’, ‘sapiência’ e ‘inteligência’ dos seus articuladores e comandantes; também, e principalmente, de acordo com a subserviência e sujeição aos donos dos cabrestos, sejam eles romanos, farisaicos, americanos... Então quando um jornalista, um produtor de televisão, enfim, algum representante dos órgãos de comunicação decide me apresentar, ele é obrigado pelas circunstâncias a fazer um trabalho de forma excêntrica e me expor de uma maneira não ortodoxa como seria de bom alvitre. Já me perguntaram por que eu aceito participar dos programas humorísticos; meu PAI disse que devo aceitar os convites porque faz parte da minha missão expor-me à humanidade. Eu não tenho o direito de ficar escondido no aconchego da Casa de meu PAI. Já aceitei convite para ir à Alemanha, Portugal, já estive em vários países da Europa e em todos os países da América Latina, outrossim, em dezenas de universidades convidado a proferir palestras, pois assim a humanidade pouco a pouco saberá que estou na Terra. Todavia, não posso decidir, determinar qual será a conduta dos apresentadores de televisão, dos interlocutores, dos entrevistadores. Cada qual deixa aflorar a capacidade intelectual ao entrevistar-me e mostra se é ou não competente no ofício. Eu me exponho na arena obediente à ordem de meu PAI; cada qual que vê e ouve irá fazer o seu próprio juízo. Chegará o tempo em que a mídia irá se resumir à internet e então esses orgulhosos apresentadores de programas e donos de cadeias de televisão verão escapar, escoar pelas mãos o poder que têm sobre o povo e sobre a opinião do povo. A internet é uma realidade insofismável, ela vai avassalando. Nos dias de hoje muitas pessoas já não assistem mais televisão; quando querem saber alguma notícia, vão à internet e se abastecem de informação. A televisão está progressivamente perdendo terreno para a grande rede mundial. E através da internet todo olho me verá (‘Eis que ele vem sobre as nuvens e todo olho o verá’ - Apocalipse c.1 v.7)."
Blog do Prof Flávio: A pergunta que não quer calar: Quando será o fim do Mundo?
INRI CRISTO: “Ontem o fim do mundo chegou para milhares de pessoas que desencarnaram, que partiram deste mundo físico. Recentemente, com esses desastres no Japão, foi o fim do mundo para todos os não-sobreviventes... Mas, quanto ao dia e a hora do fim deste mundo caótico, como já disse há dois mil anos, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho; só o PAI (Mateus c.24 v.36)”.
Blog do Prof Flávio: Qual é a religião mais correta?
INRI CRISTO: “Inexiste religião mais correta. O termo religião, oriundo do latim religaire, significa religar o ser humano a DEUS. A SOUST é refém desse termo “religião” por força de circunstância e formalidade. Todavia, todos já estão ligados, conectados a DEUS, que é onipresente; cada célula de vosso corpo, cada partícula de vosso sangue é vivificada pela inefável presença do ALTÍSSIMO. Portanto não há porque existir religião; alguns têm consciência disto, outros não. Minha missão aqui na Terra é justamente despertar a consciência de meus filhos para a realidade de que todos são indissociáveis do Eterno SENHOR da Vida, e continuo coerente com o que já ensinei há dois mil anos: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, ora a teu PAI em segredo. E teu PAI, vendo o que se passa em segredo, te abençoa” (Mateus c.6 v.6). Na verdade, as religiões têm afastado o ser humano de DEUS, ao ensinar-lhe a adorar um “deus” de gesso, de ferro, de barro... frio, inerte, feito pelas perecíveis mãos humanas. O pecado da idolatria está inúmeras vezes advertido nas Sagradas Escrituras (“O ídolo, obra das mãos humanas é maldito, ele e seu autor” – Sabedoria c.14 v.8 / “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; não darei a outro a minha glória, nem consentirei que se tribute aos ídolos o louvor que só a mim pertence” – Isaías c.42 v.8). Eu vos ensino a adorar unicamente ao DEUS vivo, meu PAI, único Ser incriado, único Eterno, único Ser digno de adoração e veneração, onisciente, onipotente, onipresente, único SENHOR do Universo, e a estabelecer uma simbiose com Ele a fim de viverdes em paz”.
Blog do Prof Flávio: Sobre a política mundial. O senhor votou em quem?
INRI CRISTO: “O voto é secreto, meu filho! Mas posso dizer-te que considerei mui oportuno o resultado das eleições. É um acontecimento histórico, a primeira vez que o Brasil tem uma mulher no cargo de presidente. E eu vos digo em verdade que ninguém ascende ao poder sem a anuência do ALTÍSSIMO”.
Blog do Prof Flávio: No ano passado, foi lançado pela internet que nossa atual presidente fazia parte de um grupo satanista. Qual a sua opinião sobre isso? O Brasil jaz do maligno?
INRI CRISTO: “Boatos são boatos. Sempre existirá boatos em torno de pessoas famosas ou que alcançaram algum destaque no cenário político-social. De qualquer forma, rótulos são apenas rótulos. O que realmente importa para mim, e sob a ótica divina, é a essência, o que vai no interior de cada ser humano. A existência do maligno é inerente à criação divina da mesma forma que o benigno. Bem e mal fazem parte de um todo que se complementa, ambos foram criados por DEUS, e só se adquire a consciência do bom quando se conhece o mau. Além disso, mesmo o mais poderoso líder político tem intestino, rins, fígado, bexiga, pulmão, coração... Por isso é que, independente de inclinações políticas ou religiosas, recomendo a todos, bons e maus, políticos e cidadãos, que se voltem ao Supremo CRIADOR, ao PAI Eterno, DEUS, pois só tendo a consciência de DEUS é que os homens serão mais íntegros, honestos e justos em suas ações e decisões; só assim lograriam o verdadeiro propósito da política (do grego, politiké), que é servir à polis sob a égide da ética (do grego, éthos = estado da alma que aproxima o homem de DEUS). O maligno só persistirá até o dia em que os seres humanos removerem as vendas dos olhos e enxergarem a vantagem de praticar o bem, a virtude; dessa forma, o mal será sobrepujado, subjugado pela luz, tornando-se com o bem uma só coisa”.
Blog do Prof Flávio: Sei que o senhor não se candidataria a algum cargo político. Mas apoiaria algum de seus fieis em alguma campanha?
INRI CRISTO: “Deveras eu não poderia tornar-me candidato uma vez que já vim ao mundo com um mandato divino. Mas se algum de meus filhos fosse candidato político, iria aconselhá-lo a manter o equilíbrio, a integridade, e jamais usar de artimanhas para chegar a um cargo público. Embora seja mais difícil obter êxito em tais circunstâncias, recomendaria que confiasse no ALTÍSSIMO a fim de obter um resultado positivo de acordo com Sua santa vontade”.
Blog do Prof Flávio: Muito obrigado pelas respostas Seu Inri. Fico muito grato. Gostaria que o senhor deixa-se algum recado para nossos leitores.
INRI CRISTO: “Rogo ao meu PAI, SENHOR e DEUS que vos inspire e vos conceda o poder para conquistar a liberdade consciencial, facultando o dom da compreensão e assimilação de minhas palavras. Que a paz seja com todos, meus filhos”.
Blog do Prof Flávio
Blog dedicado a HISTÓRIA com elementos da arte:quadrinhos, filmes, música, livros.
quinta-feira, 24 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
A Trilogia das Caixas: O chocolate dos freis
Um dia eu estava fazendo compras com minha querida esposa quando me deparei novamente com o corredor de caixas de cereais, um corredor bem colorido com diversas marcas famosas e não famosas. Aquelas mesmas marcas que quando olho me lembro quando era uma criança, aquelas mesmas marcas coloridas, que às vezes olhando o corredor do Super mercado, pareço estar em uma exposição de Andy Warhol(artista americano que revolucionou a arte).
Quem nunca pegou com uma colher um pouco de chocolate em pó, ao mesmo tempo passou os olhos nos dois frades da caixa que ficavam se deliciado com aquele chocolate ou ficou fixamente olhando ou até mesmo hipnotizado com o olhar do velho senhor Quaker ou até mesmo observou os índios trabalhando na ilustração do amido de milho da Maizena?
Amo a arte icnográfrica, sobre tudo utilizando como referencia histórica. Não vou aqui escrever de como podemos utilizar essas caixas para trabalhar história, embora em algum momento até pode se utilizar como fontes de época. Escreverei agora algumas curiosidades dessas caixas mundialmente famosas, começando uma trilogia sobre elas. A primeira parte começa agora!
Quando era criança, ficava me perguntando que sabor deveria ser aquele chocolate que os dois freis estavam provando, claro que tinha gosto de chocolate, mas poderia ser alguma receita secreta de como preparar aquela bebida tão popular nos dias de hoje. Os frades que estamos falando fazem parte da caixa de chocolate da marca Nestle, que por muito tempo vem se modificando, mas sempre deixando os dois religiosos da mesma maneira, um segurando a colher de madeira a panela de ferro. Não dá pra saber quem era o cozinheiro ou quem era o provador, mas percebe-se que a receita era boa, pois os freis degustam saborosamente o caldo. Os frades da caixa do chocolate em pó da Nestle,são na verdade personagens da tela do pintor italiano Alessandro Sani (1870-1950) chamado "O Prato Preferido".No original Alessandro pinta os religiosos fazendo um delicioso macarrão pinta e não chocolate.
O chocolate como conhecemos hoje só veio a ser produzido durante a Revolução Industrial, quando é criado maquinas de prensar cacau, que é a fruta original do chocolate. Segundo arqueólogos, chocolate vem sido usado como bebida desde o começo da história. A civilização maia cultivava o cacau. Das sementes, fazia-se uma bebida amarga chamada xocoatl. Na América pré-colombiana, seus grãos eram usados como moeda. A história diz que Cristovam Colombo trouxe o cacau para a Europa, quando fez sua quarta viagem ao Novo Mundo. Levou as sementes para o reino espanhol sob o reinado de Fernando II. Em 1519 quando chega na região onde conhecemos hoje como México.Hernando Cortez descobriu o cacau, mas a bebida não agradou os conquistadores, pois a bebida era amarga. Mas ao mesmo tempo, descobriram que suas sementes eram tidas como moedas de troca. Assim, obrigou os habitantes no sistema de escravidão a plantar as sementes para fazer trocas com outros grupos nativos da terra. Só alguns anos depois a bebida foi conhecida pela população européia que foram agregando açúcar e a bebendo quente. No século XVI, com a criação de maquinas utilizadas na revolução industrial começaram a esmagá-las de maneira a se tornarem pó de cacau. Desta maneira continuava a popularização da bebida que até hoje vem se modernizando. O interessante é que na sua origem na Europa, apenas a nobreza e o reis podiam beber o liquido pré-colombiano. Seria por isso que os freis da Nestle estão tomando chocolate, como se estivesse abrindo a geladeira as 3:00 horas da manhã ?
Não foi a primeira e única vez que Alessandro pintou religiosos. Existe um outro quadro onde são impressos a vida satirizada de religiosos segundo ele que se chama A Prova, onde aparentemente os mesmos freis aparecem fazendo a Prova de um prato.Você deve esta pensado, Alessandro gostava de satirizar os clérigos. De certa forma sim. Muitos autores usavam de forma alusiva o que se passava em seu tempo ou em sua mente. Na época em que foi feita a obra O prato preferido, tenho certeza que o Vaticano surtou em alguns momentos, principalmente vendo dois freis ao lado de um cavaleiro com cara de safado junto a uma mulher de vida difícil dentro de uma taberna. Os olhares dos freis para o prato de macarrão (estou falando da pintura original) é como se estivessem vendo algo proibido pelas suas convicções religiosas.
Durante a Idade Média, muitos religiosos se retiravam do mundo carnal, para melhor adorar a Deus, formando assim as primeiras ordens cristãs. Mas com o crescimento das cidades e das pobres comunidades de pessoas que nelas viviam, sem contacto com o catolicismo, trouxeram a necessidade de um novo tipo de ordem religiosa. Este novo estilo de vida agora não deveria mais ficar preso em Mosteiro, mas ir para as ruas pregar a salvação. Talvez seja o caso dos freis da Nestle estarem em uma taverna. No século XIII, surgem os Franciscanos criados por São Francisco de Assis, em 1210. Os freis dessas comunidades dedicavam suas vidas a castidade e a vida simples e pobre, ou seja, não tomavam a bebida da realiza.
Hoje o chocolate é a bebida das elites e minorias, dos pagãos e dos cristãos. Um liquido cujo sabor desceu os Andis a força, embarcou um uma aventura marítima quase imperceptível na mesa dos nobres e sendo prensado séculos depois por maquinas revolucionárias que a conduziram a uma vida longa.
Quem nunca pegou com uma colher um pouco de chocolate em pó, ao mesmo tempo passou os olhos nos dois frades da caixa que ficavam se deliciado com aquele chocolate ou ficou fixamente olhando ou até mesmo hipnotizado com o olhar do velho senhor Quaker ou até mesmo observou os índios trabalhando na ilustração do amido de milho da Maizena?
Amo a arte icnográfrica, sobre tudo utilizando como referencia histórica. Não vou aqui escrever de como podemos utilizar essas caixas para trabalhar história, embora em algum momento até pode se utilizar como fontes de época. Escreverei agora algumas curiosidades dessas caixas mundialmente famosas, começando uma trilogia sobre elas. A primeira parte começa agora!
Quando era criança, ficava me perguntando que sabor deveria ser aquele chocolate que os dois freis estavam provando, claro que tinha gosto de chocolate, mas poderia ser alguma receita secreta de como preparar aquela bebida tão popular nos dias de hoje. Os frades que estamos falando fazem parte da caixa de chocolate da marca Nestle, que por muito tempo vem se modificando, mas sempre deixando os dois religiosos da mesma maneira, um segurando a colher de madeira a panela de ferro. Não dá pra saber quem era o cozinheiro ou quem era o provador, mas percebe-se que a receita era boa, pois os freis degustam saborosamente o caldo. Os frades da caixa do chocolate em pó da Nestle,são na verdade personagens da tela do pintor italiano Alessandro Sani (1870-1950) chamado "O Prato Preferido".No original Alessandro pinta os religiosos fazendo um delicioso macarrão pinta e não chocolate.
O chocolate como conhecemos hoje só veio a ser produzido durante a Revolução Industrial, quando é criado maquinas de prensar cacau, que é a fruta original do chocolate. Segundo arqueólogos, chocolate vem sido usado como bebida desde o começo da história. A civilização maia cultivava o cacau. Das sementes, fazia-se uma bebida amarga chamada xocoatl. Na América pré-colombiana, seus grãos eram usados como moeda. A história diz que Cristovam Colombo trouxe o cacau para a Europa, quando fez sua quarta viagem ao Novo Mundo. Levou as sementes para o reino espanhol sob o reinado de Fernando II. Em 1519 quando chega na região onde conhecemos hoje como México.Hernando Cortez descobriu o cacau, mas a bebida não agradou os conquistadores, pois a bebida era amarga. Mas ao mesmo tempo, descobriram que suas sementes eram tidas como moedas de troca. Assim, obrigou os habitantes no sistema de escravidão a plantar as sementes para fazer trocas com outros grupos nativos da terra. Só alguns anos depois a bebida foi conhecida pela população européia que foram agregando açúcar e a bebendo quente. No século XVI, com a criação de maquinas utilizadas na revolução industrial começaram a esmagá-las de maneira a se tornarem pó de cacau. Desta maneira continuava a popularização da bebida que até hoje vem se modernizando. O interessante é que na sua origem na Europa, apenas a nobreza e o reis podiam beber o liquido pré-colombiano. Seria por isso que os freis da Nestle estão tomando chocolate, como se estivesse abrindo a geladeira as 3:00 horas da manhã ?
Não foi a primeira e única vez que Alessandro pintou religiosos. Existe um outro quadro onde são impressos a vida satirizada de religiosos segundo ele que se chama A Prova, onde aparentemente os mesmos freis aparecem fazendo a Prova de um prato.Você deve esta pensado, Alessandro gostava de satirizar os clérigos. De certa forma sim. Muitos autores usavam de forma alusiva o que se passava em seu tempo ou em sua mente. Na época em que foi feita a obra O prato preferido, tenho certeza que o Vaticano surtou em alguns momentos, principalmente vendo dois freis ao lado de um cavaleiro com cara de safado junto a uma mulher de vida difícil dentro de uma taberna. Os olhares dos freis para o prato de macarrão (estou falando da pintura original) é como se estivessem vendo algo proibido pelas suas convicções religiosas.
Durante a Idade Média, muitos religiosos se retiravam do mundo carnal, para melhor adorar a Deus, formando assim as primeiras ordens cristãs. Mas com o crescimento das cidades e das pobres comunidades de pessoas que nelas viviam, sem contacto com o catolicismo, trouxeram a necessidade de um novo tipo de ordem religiosa. Este novo estilo de vida agora não deveria mais ficar preso em Mosteiro, mas ir para as ruas pregar a salvação. Talvez seja o caso dos freis da Nestle estarem em uma taverna. No século XIII, surgem os Franciscanos criados por São Francisco de Assis, em 1210. Os freis dessas comunidades dedicavam suas vidas a castidade e a vida simples e pobre, ou seja, não tomavam a bebida da realiza.
Hoje o chocolate é a bebida das elites e minorias, dos pagãos e dos cristãos. Um liquido cujo sabor desceu os Andis a força, embarcou um uma aventura marítima quase imperceptível na mesa dos nobres e sendo prensado séculos depois por maquinas revolucionárias que a conduziram a uma vida longa.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Era Vargas
Dia desses eu conversava com uma professora de história sobre as ditaduras de Vargas e dos militares. Os dois momentos eram ditaduras, mas foram momentos muito diferentes.
Vargas sempre foi muito mais inteligente. Entre a repressão e o apoio, ele preferia o apoio. Muitos inimigos da ditadura Vargas ganharam cargos no governo. A cultura era incentivada como forma de colocar Vargas no imaginário popular. O DIP (Departamento de Informação e Propaganda) chegava ao ponto de dar dinheiro para poetas populares do nordeste imprimirem seus cordeis. Claro que, com isso, eles acabavam fazendo cordeis sobre Vargas.
Os militares, ao contrário, nunca se preocuparam com a questão da comunicação de forma inteligente. Para eles, censurar sempre foi mais interessante que estimular.
Talvez a razão disso esteja no que me parece a principal difernça entre a ditadura Vargas e a ditadura militar: Vargas era nacionalista, os militares eram entreguistas. Dois exemplos mostram bem isso: o cinema popular e os quadrinhos.
Na década de 1960, o Brasil tinha um florescente movimento de quadrinhos que tinha tudo para tomar o mercado. A ditadura militar perseguiu os quadrinhos brasileiros como forma de abrir espaço para os comics americanos. Para se ter uma ideia, Maurício de Souza teve que desaparecer por uns tempos para não ser preso. Cláudio Seto, que introduziu a linguagem de mangás no Brasil, só não foi preso porque morava em uma cidade do interior. Mesmo assim, os militares foram na editora, confiscaram os originais de seus quadrinhos e prenderam numa cela.
Também na década de 1960 e início da década de 1970, o Brasil tinha também um forte movimento de cinema popular, com as famosas pornochanchadas. Como mostra Marcos Rey no livro Esta noite ou nunca mais (relato de sua experiência como roteirista), esse cinema foi perseguido como forma de abrir o espaço para o domínio do cinema americano.
Faz sentido: os EUA apoiaram a ditadura em militar.
Texto:Ivan Carlos
Vargas sempre foi muito mais inteligente. Entre a repressão e o apoio, ele preferia o apoio. Muitos inimigos da ditadura Vargas ganharam cargos no governo. A cultura era incentivada como forma de colocar Vargas no imaginário popular. O DIP (Departamento de Informação e Propaganda) chegava ao ponto de dar dinheiro para poetas populares do nordeste imprimirem seus cordeis. Claro que, com isso, eles acabavam fazendo cordeis sobre Vargas.
Os militares, ao contrário, nunca se preocuparam com a questão da comunicação de forma inteligente. Para eles, censurar sempre foi mais interessante que estimular.
Talvez a razão disso esteja no que me parece a principal difernça entre a ditadura Vargas e a ditadura militar: Vargas era nacionalista, os militares eram entreguistas. Dois exemplos mostram bem isso: o cinema popular e os quadrinhos.
Na década de 1960, o Brasil tinha um florescente movimento de quadrinhos que tinha tudo para tomar o mercado. A ditadura militar perseguiu os quadrinhos brasileiros como forma de abrir espaço para os comics americanos. Para se ter uma ideia, Maurício de Souza teve que desaparecer por uns tempos para não ser preso. Cláudio Seto, que introduziu a linguagem de mangás no Brasil, só não foi preso porque morava em uma cidade do interior. Mesmo assim, os militares foram na editora, confiscaram os originais de seus quadrinhos e prenderam numa cela.
Também na década de 1960 e início da década de 1970, o Brasil tinha também um forte movimento de cinema popular, com as famosas pornochanchadas. Como mostra Marcos Rey no livro Esta noite ou nunca mais (relato de sua experiência como roteirista), esse cinema foi perseguido como forma de abrir o espaço para o domínio do cinema americano.
Faz sentido: os EUA apoiaram a ditadura em militar.
Texto:Ivan Carlos
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Maus – a história de um sobrevivente
Maus - A história de um sobrevivente, é considerada a melhor história em quadrinhos já produzida sobre o holocausto. De autoria de Art Spielgman, o livro conta a história do pai do autor, um judeu polonês sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz.
Além disso, o livro trata da conturbada relação entre pai e filho e como os efeitos psicológicos da guerra repercutiram na vida de ambos por anos. Toda a história é contada de duas maneiras. A primeira é o que seria o presente, mostrando os últimos anos de vida do pai de Spielgman durante as entrevista dele com o filho e a realização do próprio livro. É nessa parte que o relacionamento dos dois ganha destaque. A segunda forma é construída como flashback, ou seja, mostrando o passado do pai durante a invasão nazista na Polônia.
O livro, além da sinceridade absoluta, se destaca pelo ótimo tratamento gráfico, com suásticas avançando como sombras sobre os personagens judeus. A representação dos povos, embora use o antropomorfismo (animais para representar seres humanos), um recurso já clássico nos quadrinhos e nos desenhos animados, o faz de forma a destacar a mensagem do autor e ressaltar o clima opressor do período nazista.
Assim, os alemães são representados como gatos e os judeus como ratos. Os americanos são cachorros, os suecos carneiros, os ciganos, traças e os poloneses como porcos. A representação evoca a propaganda nazista, que, de fato retratava os judeus como ratos e os poloneses como porcos. Era também comum que os nazistas se referissem aos povos indesejados como insetos.
Sem ser melodramática, Maus mostrou e analisou a realidade dos judeus perseguidos pelos alemães, elvando as histórias em quadrinhos ao patamar jornalístico. Tanto que, em 1992, a graphic novel ganhou o Prêmio Especial Pulitzer – premiação que homenageia jornalistas, músicos e escritores.
Grande parte do livro foi publicado em série na revista RAW, editada por Spiegelman entre 1980 e 1991. No Brasil, Maus (que quer dizer rato em alemão) foi publicado em duas partes pela editora Brasiliense. Recentemente ganhou uma versão integrada em volume único pela editora Companhia das Letras.
Gian Danton (Blog: Idéias de Jeca-tatu/25 de março de 2010)
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Porque precisamos do Banana Joe.
Um dos reis da sessão da tarde, Bud Spencer se consolidou entre a geração dos anos oitenta e nas reprises dos anos seguintes como um cara calado e que gostava de gostava de dar tapa na cara dos vilões.
Dentre todos os personagens feitos pelo senhor Spencer, ficará sempre em minha mente o famoso ou desconhecido para os mais novos, BANANA JOE.
Joe vive na fictícia cidade de Amantido onde realiza seu trabalho de carregador de bananas para a Metrópole. Tudo muda quando um chefe da máfia revolve de maneira bem peculiar do seu trabalho acabar com todos os pequenos comerciantes da vila e dominar todo o trabalho de venda das plantinhas (banana).
Interessante é que o chefe da máfia se utiliza do terror psicológico da burocracia, impondo todos os comerciantes a se registrarem para continuar no trabalho. Para aqueles que não possuíssem registro geral e certidão de nascimento ficaria fora do trabalho.
Banana Joe sem data de nascimento e pais desconhecidos, talvez um tipo de Wolverine, sem passado, sem idade e muito mais do que isso, disposto a ajudar todos aqueles que lhe parecem sinceras resolve ir atrás desse registro.
Joe, começa agora sua Ilíada e Odisséia. Como nos poemas de Homero, Banana Joe embarca em uma grande aventura disposto a guerrear a favor de sua honra e sobrevivência. Participa sem querer de um exército, onde acaba até batendo em seu comandante. As cenas de Bud Spencer batendo sempre foram o ápice em seus filmes.
Uma das cenas que mais me chama a atenção é quando Banana Joe, em a cena de sua chegada a um prédio de órgão público pede um registro. Ao entrar encontra uma grande fila onde todos estão desesperados para conseguir a famosa carimbada.
Bem ao estilo anti herói, Joe sai empurrando todo mundo, pula o caixa e no caixa saindo dando carimbada em tudo que é papel, mas logo é preso.
Banana Joe não suportava ver maldade, ou aqui, pressão dos órgão responsáveis pela burocracia demorarem tanto para atender o cidadão.
Toda vez que entro em um órgão público, onde o papel nunca acaba e a hora nunca passa, sempre me lembro de Bud Spencer, desejando ver sua entrada pela porta giratória.
Entrevista com Gian Danton
Gian Danton, professor universitário, roteirista de quadrinhos e ganhador de vários prêmios dedicados a arte sequencial me concedeu uma pequena entrevista falando um pouco sobre os HQs. Isso me deixou muito feliz, pois esse blog é um simples garotinho virtual, não é um blog de um jornalista conceituado, o que me faz ficar eternamente grato ao grande Danton pela sua entrevista.
Obrigado Professor!
1- Blog do Prof Flávio: Quando e como você teve contato com os quadrinhos?
Gian Danton: Leio quadrinhos desde criança, principalmente Turma da Mônica e Disney, mas a primeira leitura que me marcou muito foi uma edição da Superaventuras Marvel. Na época não havia caixas eletrônicos e para pagar contas era necessário passar horas em filas. Numa dessas filas, alguém me passou um exemplar da SAM com histórias do Demolidor, Conan e Dr. Estranho. Fiquei fascinado. Li a revista toda antes do fim da fila. Outra revista que me marcou foi a Fêmeas, da Grafipar,com histórias de Mozart Couto e Rodval Matias, que encontrei em um sebo. Ao ler aquela revista, percebi que os brasileiros podiam fazer quadrinhos tão bons quanto os americanos e decidi que seria roteirista de quadrinhos.
2- Blog do Prof Flávio: Como você vê os quadrinhos hoje em matéria de roteiristas?
Gian Danton: São situações diferentes: aqui e lá fora. Lá fora, os roteiristas são os grandes astros. Na maioria das vezes eles são mais badalados que os desenhistas. Um argumento do Grant Morrison, por exemplo, faz as vendas de uma revista aumentarem. Isso se deve a duas pessoas: Stan Lee e Alan Moore, que mostraram a importância de um bom roteiro. Como Lee era também o editor, havia muito ali de marketing pessoal que fez muito bem aos quadrinhos americanos, pois uma pessoa pode comprar um exemplar por causa do desenho, mas o roteiro é a principal razão pela qual ela continua comprando. Já no Brasil, a maioria dos leitores, jornalistas e editores ainda não Têm essa consciência. Em nosso país os roteiristas são pouco valorizados. Já aconteceu até de obras serem divulgadas apenas com o nome do desenhista.
3- Blog do Prof Flávio: Em alguns de seus livros, como em Ciência e quadrinhos e Roteiro para quadrinhos, fica forte a sua identificação com o escritor britânico Alan Moore. Você concorda com ele em dizer que os roteiros de quadrinhos tedem em morrer por falta de bons escritores?
Gian Danton: Não conheço essa declaração de Moore, mas dicordo. Hoje temos ótimos roteiristas, principalmente entre os britânicos: Morrison, Gaiman, James Robinson. O que tem matado os quadrinhos de super-heróis é a insistência em insistir em super-sagas com revistas interligadas, que afastam leitores.
4- Blog do Prof Flávio: Vindo agora para o território nacianal. Na sua opinião, quais são os melhores escritores do nosso quadrinho?
Gian Danton: No Brasil a maioria dos bons roteiristas não passa muito tempo nos quadrinhos. Acaba migrando para outras mídias, como fez o Júlio Emílio Brás. Mesmo assim, temos em atuação alguns grandes talentos, como o Leo Santana, Marcelo Marat e André Diniz. Há outros por aí, fazendo zines e revistas regionais, mas que seriam muito conhecidos se tívéssemos um bom mercado de quadrinhos.
5- Blog do Prof Flávio: Os quadrinhos nacionais sofrem preconceito? Por que?
Gian Danton: Sim, sofrem. Felizmente alguns conseguem superar esse preconceito, como foi o caso do Maurício de Sousa, que conseguiu não só fazer sucesso como ser respeitado por todos.
6- Blog do Prof Flávio: Ainda no mesmo assunto, você sofre algum preconceito por trabalhar com quadrinhos?
Gian Danton: Hoje não. Quando comecei a coisa era mais difícil. Além da maioria das pessoas ter melhorado sua imagem sobre os quadrinhos, a seriedade com que encaro meu trabalho fez com que o preconceito diminuísse.
7- Blog do Prof Flávio: Qual a principal dica para se tornar um bom escritor de quadrinhos?
Gian Danton: Leia. Leia. Leia. Leia tudo que cair em suas mãos, de revistas de geografia a tratados de psicologia. Qualquer coisa pode ser útil na criação de uma história. Quem lê só quadrinhos e, pior, só quadrinhos de super-heróis, nunca irá se tornar um bom roteirista de quadrinhos.
Leia: ivancarlo.blogspot.com
sábado, 30 de janeiro de 2010
A vingança dos Nerds: Uma História de Fé e Tolerância
“ Eu sou um nerd, e eu estou aqui essa noite para defender o direito de outros nerds. Durante esse tempo, fomos a chacota da faculdade. Durante essa noite esses malditos derrubaram a nossa casa. Por que? Por que somos espertos? Não, não somo.”
É nesse discurso ao som de We are the Champions do grupo Queen que o filme A vingança dos Nerds se encerra.
Filme americano de 1984, conta a história de um grupo de universitários excluídos, que após serem despejados, tem que procurar outra instalação para se refugiarem. Lembrando que os nerds são expulsos de sua casa por imprudência dos Alpha Betas que queimam sua própria casa durante uma festa e ficam sem onde morar. Assim expulsam os mais novos universitários abrigando-se no lar dos Nerds.
Liderados por Lewis e Gilbert, agora os mais novos universitários tem que procurar outro lugar pra morar. Durante a procura, nenhuma fraternidade aceita nenhum dos nossos futuros heróis em suas fraternidades. É nesse momento que eles conhecem Jefferson, o líder da fraternidade Lambda, Lambda, Lambda, ou melhor, dizendo, os 3- Lambs, convida os nerds para uma prova a serem aceitos em uma fraternidade dedicada exclusivamente para negros, sendo que só existe um negro com eles.
O interessante desse filme não são as piadas, que são poucas até, mas é a mensagem cinematográfica existente. Os nerds do filme não são só apresentados como os garotos que não namoram e só sabem mexer em computadores, mas mostra o grande preconceito sobre suas cabeças.
Segundo Max Weber, “o individuo é responsável pelas ações que toma. Uma atitude hostil ou negativa em relação a um determinado grupo, pode ser classificado como preconceito.” O que eu não entendo é o ódio a primeira vista que os Alpha Betas, a fraternidade, digamos mais badalada do campos universitário tem na chegada de Lewis e Gilbert.
Isso me lembra uma vez que mudei de escola em fevereiro de 1994, no mesmo período do nascimento do plano real, onde me deparei com uma situação igualitária ao dos heróis do filme, uma situação “realmente real”. Logo no primeiro dia de aula durante o recreio, três garotos vieram até mim dizendo que era pra eu ficar na minha, pois eles poderiam me bater. Nunca entendi aquilo, pois eu não os conhecia. Seria eu, ter sofrido algum preconceito? Ainda não existia o nome Bullying aqui no Brasil, mas acho que fui o precursor do movimento, ou melhor, uma vitima.
Até hoje me pergunto sobre isso, talvez seja o meu rosto, que modéstia a parte, mostra sempre um ar de serenidade, pra não dizer bobo. Talvez sofri um preconceito social ou até mesmo cultural.
O mais curioso do filme é a sua cena de créditos, aquela ultima parte onde mostra cada personagem participante do filme com seu nome. É mostrando o senhor Jefferson, o Presidente do 3- Lambs, que não era nerd, com o braço esticado apontando para frente, fazendo referência ao grande líder contra o preconceito, Martin Luther King Junior, simbolizando no filme a luta contra o preconceito.
Sonho com o dia em que poderemos viver sem esse preconceito terrível e sem Bullying perseguindo nossos estudantes, seja na escola, seja na Universidade, seja na Vida.
E nas palavras de Martin Luther King Junior: “E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar :"Livre afinal, livre afinal ”
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